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Qualidade de Dados - A Arte de Lapidar a Informação Por Diego Elias

Sabe quando um artista obtém uma matéria bruta e, através de sua habilidade para lapidá-la, a transforma em arte? Pois bem, o processo de Qualidade de Dados (do inglês Data Quality) de certa forma se assemelha muito com isso.

 

Sabemos que informação de qualidade é parte essencial do processo decisório. Os dados necessários para a consolidação das informações são um dos ativos mais importantes de qualquer empresa. Esses são os bens intangíveis que ajudam a manter a competitividade e que podem definir a sobrevivência da organização no mercado.

BI NA PRÁTICA - QUALIDADE DE DADOS

Para isso acontecer é necessário que os dados tenham a confiabilidade e precisão exigidas pelo negócio, pois estes são cruciais para um correto direcionamento das atividades empresariais. Além disso, eles devem ser precisos, consistentes e aderentes às regras de negócio.

 

Engana-se quem pensa que a Qualidade de Dados apenas tem relação com a limpeza e padronização dos dados na construção de uma solução de Business Intelligence (BI). Não, isso não é tudo. A Qualidade de Dados vai muito além de apenas ajustes nos dados. Tem a ver com processos de negócios.

 

Claro que o BI tem papel fundamental na melhoria da qualidade dos dados. Através de auditoria nos dados o BI possibilita fazer um mapeamento da real situação e assim traçar estratégias de melhoramento. Contudo essa participação é só a ponta do iceberg.

 

Em um mundo perfeito, esse seria um problema do qual sistemas analíticos não deviriam se preocupar. Porém, como sabemos, o mundo não é perfeito...

 

Pensando na Qualidade de Dados como parte influente (e também influenciada) pelos processos empresarias, podemos entendê-la como sendo de responsabilidade de todos da organização. Por isso todos setores ou departamentos de uma empresa são responsáveis solidários pela qualidade que os dados apresentam.


O processo de Qualidade de Dados não pode ser confundido com ferramenta. Isso seria minimizar a real dimensão do problema. Ferramentas irão ajudar sim, desde que se adequem às necessidades do processo (não o contrário). Contudo passar a responsabilidade apenas a elas poderá ser “um tiro no pé”.

 

A perfeita aderência do processo de Qualidade de Dados ao negócio implica entre outras coisas o aumento da produtividade, qualidade do serviço prestado aos clientes e melhoria na tomada de decisão. Para isso devemos ter dados completos, consistentes e precisos.

 

A falta de efetividade dos processos de negócios são causa e também consequência da má qualidade dos dados. É como se fosse um ciclo retroalimentado, onde a entrada (input) de dados de baixa qualidade em um processo gera uma saída (output) também de baixa qualidade. Este irá realimentar o processo seguinte da cadeia de atividades até se chegar ao processo de decisão, fechando assim um círculo vicioso.

 

BI NA PRÁTICA - PROCESSO DATA QUALITY

Além do BI, a Qualidade de Dados envolve também áreas como gestão de dados, gestão da informação, qualidade, segurança da informação e gerenciamento de processos.

 

Vejamos agora alguns fatores que afetam a qualidade que os dados apresentam:

 

  • Processos de negócios deficientes - Os processos devem ser sempre avaliados e melhorados continuamente. Com os processos mapeados fica muito mais fácil modelá-los de forma a obter um resultado otimizado das atividades empresariais.

 

  • Cultura empresarial - A empresa deve rever sua estratégia, sempre buscando respostas no mercado para um posicionamento adequado. Ela deve incentivar os colaboradores a terem sempre a melhor atitude e postura diante dos desafios. Deve também atrelar a cultura de gestão de dados para ampliar os resultados dos processos.

 

  • Falta de padronização entre sistemas - Os sistemas que fazem parte da operação empresarial, deve possui conceitos da gestão de qualidade para promover a interoperabilidade e acessibilidade dos dados.

 

  • Negligência humana - Como em quase todas as atividades o erro é intrínseco ao ser humano. Porém temos meios de coibi-lo (ou ao menos minimizá-lo). Cabe a gestão criar meios de analisar a ineficiência das atividades e promover melhorias nos processos onde esses erros impactam as atividades da empresa. 

 

O processo de desenvolvimento de uma solução de BI é um dos melhores meios para se encontrar distorções entre dados nos diversos sistemas da empresa. A etapa de melhoria da qualidade desses dados é de grande importância para auxiliar corretamente as decisões dos gestores. E cabe a eles definirem se essa melhoria deve ser temporária e reativa (apenas para a análise das informações estratégicas), ou se deverá ser estendida a todas operações do negócio.

 

Agora eu quero te perguntar... Sua empresa pensa em Qualidade de Dados? Tem noção da importância e impacto disso para os negócios? Consegue enxergar os benefícios desse processo?

Se sua resposta for não, talvez seja a hora de começar a mostrá-los o que estão perdendo…



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Até mais!

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