Ferramentas proprietárias ou gratuitas: Qual escolher? Por Grimaldo Oliveira
A disputa por ferramentas proprietárias e gratuitas na área de BI é coisa antiga. Durante muitos anos as ferramentas proprietárias reinaram em “céu de brigadeiro” nas principais empresas do mundo sem incomodo algum. As pequenas e médias empresas nunca se atreveram a utilizar a tecnologia BI para consolidar dados, pois os custos eram enormes, e o sonho de ter em seu CPD uma ferramenta de análise de dados, esbarrava no alto preço dos principais players.
Na década de 90, vimos o surgimento dos primeiros produtos gratuitos, que timidamente surgiram com suas interfaces complexas e pouco robustas, causando temor e pré-conceito pelas organizações. Quando estas surgiram, houve um crescente uso pelos analistas de BI, que não conseguiam utilizar a ferramenta em sua plenitude devido a grande complexidade e falta de estabilidade. Esse foi um tempo de desconfiança e de muito blá-blá-blá em torno do assunto.
Mas, tudo mudou e hoje uma das maiores organizações mundiais que tem como uma das suas atividades, analisar ferramentas e instituições do mundo, a Gartner, mostra que a briga entre DAVI (ferramentas gratuitas) e GOLIAS (ferramentas proprietárias) ganha mais força nas corporações.
Abaixo segue o "quadrante mágico" da Gartner:
Fonte: Gartner (Fevereiro 2017)
Uma coisa é certa, se a ferramenta de BI aparecer no quadro acima, é porque está sendo utilizada por muitas empresas. Podemos destacar aqui, algumas organizações que começaram como software livre (Jaspersoft, Pentaho) na briga com as ferramentas proprietárias e que hoje aparecem no chamado "quadrante mágico" da Gartner, portanto estão sendo bem utilizadas mundo a fora. Estas ferramentas gratuitas ganharam suas versões pagas também, chamadas de ENTERPRISE, como uma alternativa de produto para seus usuários.
O que eu posso dizer, é que o uso de ferramentas proprietárias, ou não, vai depender de muitos aspectos. Nem sempre o que serve para o vizinho, vai servir pra você e sua empresa. Depende muito do negócio envolvido, das necessidades, e também do quanto se pretende investir. Veja alguns pontos que devem ser analisados:
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SEGURANÇA: Geralmente as ferramentas proprietárias vêm com um arcabouço de soluções integradas para web, desktop, rede e gerenciamento de dados. Isso é uma vantagem, mas custa caro. As ferramentas livres oferecem tudo isso, mas você vai ter um trabalho para integrá-las e enfrentar a falta de documentação em muitos casos.
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SUPORTE: Um dos grandes dilemas em contratar uma ferramenta livre é sobre o suporte. Os diretores das empresas se perguntam: ”Caso o software apresente problema, a quem devo recorrer?”. Acredito este ser o maior empecilho no uso dos softwares de BI gratuitos, pois as ferramentas proprietárias ganham tranquilamente nesse quesito, já que nos seus contratos contém atualização de software e SLAs para atendimento.
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LICENÇA: Neste ponto as ferramentas livres ganham de sobra. Não há custo algum relativo à quantidade de usuários que as utilizam. Geralmente a limitação está na performance do hardware. Já nas proprietárias há planos variados de custos, usuário nomeado, licença servidora, quantidade de CORE (número de núcleos do processador) e etc.. A combinação destes itens é que define o custo final.
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PROFISSIONAIS: Tanto ferramentas proprietárias, quanto livres, possuem profissionais disputados no mercado. Entretanto as ferramentas livres possuem uma desvantagem quando buscamos formar uma equipe de BI nas empresas, já que eles geralmente se relacionam em grupos fechados. As proprietárias possuem certificações e progressões que estimulam a formação de equipes nas empresas.
A decisão de escolha agora é sua. Você deve levantar os processos na sua empresa e bases de dados, verificando as suas necessidades e se perguntando: Caso a ferramenta fique fora, a empresa para? Caso necessite de um corpo de profissionais especializados, onde encontrar? Ferramenta boa é ferramenta cara? Para economizar, devo começar com uma ferramenta gratuita?
A sorte está lançada.
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